Novembro marca a conclusão das oficinas de formação do Participa+ nos estados

Momento de socialização de trabalho em grupos na Oficina realizada em Garanhuns/PE, dias 25 e 26 de outubro

De junho a outubro foram realizadas 35 oficinas de formação do projeto Participa+ em todos os estados e no distrito federal. O objetivo é qualificar a atuação de conselheiras e conselheiros de saúde e lideranças de movimentos sociais através da formação, do fortalecimento institucional e da produção de conhecimento.

As oficinas do Participa+ acontecem sempre em duas etapas, sendo a primeira virtual, onde os participantes se reúnem de forma online e realizam atividades orientadas sobre os temas que serão aprofundados na segunda etapa, que acontece de forma presencial, cerca de 15 dias depois. “Esses processos formativos capacitam conselheiras e conselheiros para a ação direta nos conselhos de saúde, municipal, estadual e também nacional, ou seja, ajudam a fortalecer toda a rede conselhos”, destaca Eliane Cruz, educadora popular do CEAP que conduziu a oficina presencial em Garanhuns/PE, realizada nos dias 25 e 26 de outubro.

“Com as oficinas do Participa+ eu tive oportunidade de enriquecer meu conhecimento e encontrar ferramentas para atuar melhor como trabalhadora na área da saúde e fortalecer o controle social no SUS. Destaco o tema do financiamento, que foi muito enriquecedor porque nos oferece instrumentos para ajudar na fiscalização e controle dos investimentos que são feitos na área da saúde dos municípios”, diz Luzete Simões, conselheira de saúde em Recife/PE.

Iris Maria da Silva, coordenadora da Comissão de Educação Permanente no CES/PE, comentou que parcerias como a realizada entre o Conselho Nacional de Saúde e o CEAP são importantes para a continuidade da formação de conselheiras e conselheiros de saúde, especialmente por se tratarem de lideranças nos seus territórios. “Além de ampliar conhecimentos, o Participa+ proporciona um ambiente onde podemos trocar experiências, envolvendo pessoas de todo o país. Agradecemos a todos que tem reunido esforços para ajudar na implementação da política de educação permanente. Precisamos usar as ferramentas de planejamento para dar continuidade no que entendemos ser o papel e a função dos conselhos de saúde. Esse projeto vem tencionar, de maneira positiva, a interação entre conselheiros e conselhos, para nos apropriarmos dessas ferramentas de forma que possamos multiplicar esses conhecimentos que trabalhamos nestas oficinas”, destaca Iris.

As etapas presenciais são concluídas com a elaboração de planos de multiplicação. Mais que uma tarefa para quem participa da oficina, cada plano elaborado é um compromisso de levar os conhecimentos adquiridos para os seus territórios e espaços de participação, identificando dúvidas e demandas que precisam ser atendidas. O objetivo é avançar na construção de uma grande rede de multiplicação de conhecimentos e saberes e de articulação de conselhos de saúde para o fortalecimento do controle social no Brasil.

Para Cleice de Moraes, conselheira de saúde em São Lourenço da Mata/PE, “esses encontros possibilitam uma troca de cultura, uma troca de experiências e vários tipos de aprendizados que se misturam, e isso é muito positivo, porque nos fortalece para a ação em nossos territórios. Essa provocação para cada participante colocar em prática um plano para ser multiplicador é muito positiva, pois trabalha em nós a capacidade de ser mais proativo e pensar como eu posso levar o que aprendi aqui, numa linguagem prática, para que quem não esteve neste encontro possa entender e se empoderar, assim como eu, no sentido de ter mais conhecimento e poder continuar disseminando o entendimento do que é o SUS e a importância do controle social”.

“Depois de um período de isolamento tão grande, onde os conselheiros e conselheiras só se viam virtualmente, esse trabalho do Participa+ traz esse calor humano que é tão próprio dos entes que compõem o controle social. Isso é um fortalecimento, pois os encontros presenciais favorecem a concentração e o aproveitamento do curso é maior, pois muitas vezes os recursos são escassos nos territórios e acabam prejudicando um melhor aproveitamento das atividades formativas”, destacou Oilda Maria da Silva, vice-presidenta do Conselho Estadual de Saúde (CES) de Pernambuco. “É importante o compromisso de cada um de nós ser um multiplicador, levando para seu espaço do controle social, seja no âmbito municipal, estadual ou de atuação dos movimentos sociais, a luta por esse SUS de qualidade que tanto almejamos, sempre com alegria e aquecidos pelo calor humano”, conclui Oilda.

As Oficinas de Formação para o Controle Social no SUS são uma oportunidade de formação para conselheiras e conselheiros de saúde e lideranças sociais. Elas abordam conceitos de saúde, história da política pública de saúde no Brasil, o SUS, seus princípios, diretrizes, grandes desafios, modelos de atenção de saúde, financiamento e orçamento do SUS, controle social, entre outros temas, sempre a partir dos territórios e de metodologias participativas e dialógicas. Quem participa também recebe subsídios pedagógicos tanto para o desenvolvimento das oficinas quanto para aprofundamentos posteriores.

Essa é a terceira edição do projeto, promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Centro de Educação e Assessoramento Popular (CEAP), em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e organizada pela Comissão Intersetorial de Educação Permanente para o Controle Social no SUS do CNS.

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