Seminário do Fórum DH Saúde debate a luta popular pelo direito humano à saúde no Brasil

Diálogo e reflexão sobre o contexto social após as eleições municipais de 2024 e o planejamento da agenda de 2025 integraram ações do seminário

O Fórum Direito Humano à Saúde (Fórum DH Saúde) realizou, entre os dias 27 e 28 de novembro, em Brasília/DF, um seminário para a socialização e a reflexão sobre os resultados e aprendizados da sistematização das experiências de luta popular pelo direito humano à saúde de oito movimentos e entidades.

“Foi um momento muito intenso, pois os desafios e potencialidades emergidas das práticas sistematizadas não ficam restritas somente a elas, mas dialogam com os demais e também com a própria atuação do Fórum DH Saúde no contexto atual, trazendo muitos elementos para a construção da agenda política do Fórum para 2025”, pontuou Nara Peruzzo, educadora popular do Ceap.

No primeiro dia de seminário foram abordados temas relacionados à luta popular e ao direito humano à saúde e também uma análise do contexto após as eleições municipais de 2024. Aconteceu uma roda de conversa com o tema “Análise de contextos dos desafios da luta por direitos no Brasil pós eleições municipais de 2024”. Cris Ribeiro, do colegiado do INESC (Instituto de Estudos Socioeconômicos), provocou o debate neste tópico, questionando que democracia queremos, como dialogamos com a população sobre a pauta dos direitos humanos, quais estratégias de comunicação estabelecemos, entre outras provocações.

No segundo dia do seminário, o debate foi sobre o fortalecimento institucional do Fórum, modos de governança e definição da agenda política para 2025. O Fórum reafirma a sua identidade como um espaço de articulação de lutas pelo direito humano à saúde e pelo SUS, articulando movimentos e entidades do campo popular. Para isso, realiza ações de formação, proposição, incidência e mobilização.

Entre as agendas discutidas entre os participantes para 2025 está um Curso Formativo para lideranças na temática da comunicação, também a realização de atividades no marco da COP30, interseccionando com o tema do direito humano à saúde e a continuidade da participação no Projeto Participa+, entre outros assuntos. “De modo geral, foi um encontro potente, de muitas reflexões e proposições sobre a luta pelo direito humano à saúde nos mais diversos territórios”, pontuou Nara.

Integraram também a organização do seminário os educadores do Ceap, Valdevir Both e Henrique Kujawa, além de outros integrantes da equipe técnica da entidade. Esteve presente, como representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Wilson Valério da Rosa Lopes. Também participaram representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Confederação Nacional da Associação de Moradores (Conam), da União Brasileira de Mulheres (UBM), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Quixeramobim-CE, do Coletivo de Mulheres Negras e LGTs Ayomidê Yalodê, do Movimento Nacional de Direitos Humanos e da Articulação Nacional das Pescadoras (ANP).

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