Lideranças e representantes da equipe do Centro de Educação e Assessoramento Popular – Ceap, participaram de uma mobilização na tarde desta quinta-feira (27), em frente ao Fórum de Passo Fundo/RS, onde ocorria uma audiência entre a Defensoria Pública, representantes da Prefeitura de Passo Fundo e da Corsan/Aegea, para discutir a problemática da água no município.
Ao longo dos últimos dias, milhares de pessoas foram atingidas pela falta de água, o que causou transtornos, onde famílias relatam que se estendeu, em alguns casos, até seis dias sem água. Além disso, as tarifas abusivas denunciadas pelos moradores, com valores exorbitantes, fizeram com que a União das Associações de Moradores de Passo Fundo (UAMPAF) e outras entidades convocassem uma mobilização com objetivo de cobrar medidas imediatas, no sentido de resolver a problemática da falta de água e dos problemas com tarifas dos moradores.
O coordenador executivo do Ceap, Valdevir Both, destacou que a renovação do contrato do município com a Corsan/Aegea deveria ter passado pela Câmara de Vereadores e também sido discutida com a população, pois poderia evitar que ocorresse problemas como esse. “Mas por que não foi discutido com a população? Nós queremos efetivamente que isso seja discutido e que esta empresa seja responsabilizada diante do caos que criou. Não se ter água para poder cozinhar, para beber, para ir ao banheiro, isso é inadmissível, desejo que esse movimento se amplie e que continue a mobilizar porque, afinal de contas, água é um direito humano”, disse.
Resoluções
A mobilização contou com a presença de moradores, lideranças e representantes de sindicatos e entidades. Ao fim da atividade, foi criado o “Comitê em Defesa da Água”, que tem o objetivo de monitorar e propor ações para resolução do problema.
Como resultado da audiência, ficou definido que as tarifas de janeiro de 2025 estão suspensas até a revisão da Corsan, a empresa se comprometeu a criar um plano de custeio com o objetivo de fornecer às famílias dos Programas Sociais CadÚnico, a ligação à rede de esgoto.
Além disso, conforme a Defensoria Pública, a Corsan ficou responsável por realizar vistorias locais e, se necessário, trocar hidrômetros em unidades que apresentarem irregularidades, procedimentos que deverão ser concluídos em até oito meses, com relatórios detalhados juntados ao processo. Uma nova reunião no dia 3 de abril deve discutir a situação.
Fotos: Assessoria de Comunicação/Ceap
