Temas foram abordados durante a 4ª Etapa do Curso de Formação de Educadoras e Educadores do Projeto Participa+
A 4ª Etapa do Curso de Formação de Educadoras e Educadores do Projeto Participa+ ocorreu de forma presencial, entre os dias 09, 10 e 11 de dezembro, em Brasília/DF. Dividido em etapas presenciais e virtuais, a formação visa preparar os educadores populares do Centro de Educação e Assessoramento Popular – Ceap para atuarem conduzindo as oficinas de formação para o Controle Social no SUS em todo o Brasil, no ano de 2025.
De acordo com o coordenador executivo do Ceap, Valdevir Both, na 1ª Etapa do curso, de forma online, ocorreu a apresentação do projeto e dos participantes; já na 2ª Etapa, realizada presencialmente, foram abordados os conceitos de saúde para povos tradicionais indígenas e de matriz africana, assim como a compreensão de saúde do ponto de vista ocidental. “Na 3ª Etapa fizemos uma análise de contexto, de forma virtual, com uma análise de conjuntura, especialmente olhando o resultado eleitoral de 2024 e seus impactos para a saúde”, explicou.
Entre os temas abordados na 4ª Etapa estavam o histórico de financiamento e orçamento do SUS, que contou com a assessoria de Ligia Toneto; Instrumento de planejamento de Gestão Pública e da Saúde, com a assessoria de Dorian Chim; e a Regionalização Sanitária e governança no SUS, com a assessoria de Tereza Cristina Amaral. “O SUS tem toda uma estruturação, uma forma de organização a partir dos microterritórios, dos territórios, dos macroterritórios, conhecidos por regiões de saúde e que se organizam a partir de tarefas de governança. Também discutimos a participação e o controle social no SUS, que é a essência das oficinas, no sentido de construção. Discutindo quais são os desafios e o que precisamos criar para que o SUS, de fato, garanta o efetivo direito humano à saúde das pessoas”, pontuou.
Avaliações
O curso também contou com a socialização e o debate da avaliação das oficinas de 2024, contando com a participação da Coordenadora da Comissão Intersetorial de Educação Permanente para o Controle Social no SUS (CIEPCSS/CNS), Sueli Barrios e com a equipe técnica do Ceap. Além disso, também foi discutido a construção do projeto pedagógico das Oficinas de 2025. “Em todo o ciclo do Participa+ nós fazemos uma reflexão sobre como as oficinas foram implementadas, buscamos nas avaliações que o Conselho Nacional de Saúde faz, que a Comissão de Educação Permanente faz, que os educadores fazem, enfim, dos vários parceiros do projeto, porque a partir dessas avaliações é que nós analisamos e reconstruímos a trilha formativa para o próximo ano”, explica.
As trilhas formativas estão sendo reconstruídas para que a proposta político-pedagógica do projeto Participa+ possa ser implementada em 2025.
Formação
Para a educadora popular do Ceap, Andreza Almeida Fernandez Alves, discutir temas complexos por meio de avaliações e de apresentações da análise conjuntural, contribuem para sua formação. “Fico muito feliz de participar desse processo. Nessa etapa percebi que a gente extrapola mais uma vez e de uma forma mais ampliada questões muito afincas, que não é só a análise conjuntural que nos orienta para uma análise local do contexto que a gente está vivendo e que as localidades, o território vive e traz enquanto expectativa da nossa presença do Participa+ nas oficinas. Outra coisa que me surpreendeu nessa etapa foi, para além das metodologias críticas, o despertar de metodologias criativas e interfaces relacionais da equipe, que promovem uma coesão muito bonita na equipe”, disse.
As experiências das educadoras e educadores e os processos de formação em construção são destacados por Andreza. “Percebo que o grupo está mais coeso, uma das palavras que vem na minha cabeça, seria essa, mas muito dentro do que o Paulo Freire fala, da gente reconhecer que a gente é incompleto, inconcluso, inacabado e que a gente pode contar com o outro e de uma forma muito afetiva. Conseguimos, de uma forma mais profunda, trazer essa sensação de que a gente é um grande corpo. Tem um corpo dos educadores, dos trabalhadores do Ceap e que esse corpo, ele nos mostra tantos componentes operacionais, funcionais, onde cada um tem uma função ali dentro, mas também relacionais, de como que a gente vai lidar com a limitação, com a potência do outro para otimizar a ação do educador quando ele estiver lá, entre muitas aspas, ele sozinho”, finalizou.